segunda-feira, 20 de junho de 2011

Estradas



E os caminhos me levam para locais distantes
Tento voltar mas as curvas da estrada não são como antes
pelo caminho vejo rostos perdidos no espaço
E como em um trem a paisagem muda no compasso

Meu coração vibra de dor e ansiedade
Vendo ficar a quem eu tinha amizade
Mas os caminhos me levam adiante
e nessa estrada apenas sou um viajante

Meus pés caminham como se fossem independentes
E a estrada muda de paisagem constantemente
Minha voz é muda no adeus iminente
mas a memória grava o sorriso solenemente



Muitas vezes nossas vidas nos levam por caminhos estranhos, sombrios até, e vemos ficar para trás tantos amigos queridos e amados...tentamos voltar sentindo saudades mas descobrimos que os caminhos mudaram e o que antes estava ali já não mais está...cada um seguiu sua jornada e as estradas não eram apenas paralelas mas transversas e inversas...o que restou pelo caminho são imagens guardadas num velho album de figuras onde o sorriso do amigo, distorcido pelas lagrimas, que ficou pelo caminho deixou de recordação...

Ah quantas vezes tentei mudar meu caminho, pular do trem em uma parada e por ali ficar, mas a bagagem perfeitamente arrumada no bagageiro sempre me fazia voltar e então eu via a estação ficar para tras e com elas sons, memórias e histórias...mesmo hoje com o corpo cansado e a alma sofrida não consigo estacionar e dou prosseguimento na viagem da qual nem sei aonde vou parar..

Aos que ficam pelo caminho deixo um pedaço do meu coração, apenas uma recordação dos tempos que não voltam mais e aos que chegam ofereço meu sorriso e a certeza da presença enquanto a estrada não mudar...

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

A seus pés


Deixa-me ficar por um instante a seus pés
Sentir o calor que emana de seu corpo
O cheiro másculos que impregna sua pele
A força pungente de seus músculos

Deixa-me servi-lo Senhor
Aquieta minha mente
Domina o meu corpo
Fazendo de mim a serva perfeita

E nesse pequeno momento
Sentirei-me completa
Realizada como mulher
Submissa as suas vontades

Enfim, sob seus pés estarei
Encontrarei meu porto seguro
Uma razão para viver
Alguém para amar...

A dominação e suas nuances


Muitas vezes ouvi que para se dominar não se deve ser gentil para com quem se domina, que aquele que é dominado deve simplesmente aceitar as vontades do Dominador sem questionar ou sequer expor seus sentimentos como se fosse um objeto inanimado...
Pois bem, não concordo em absoluto com essa visão pois se para um objeto inanimado é dado os cuidados necessários para a sua manutenção porque o mesmo não seria feito por alguém que lhe serve com devoção?
Claro que existem varias formas de impor o domínio sobre uma pessoa como a força, o medo ou a coação, mas seria essa realmente uma dominação real? Teria realmente o Dominador o controle daquele a quem domina? Não creio pois nesses casos acima mencionados aquele que se submeteu a dominação pela força, medo ou coação, tendo uma oportunidade de escapar desse domínio o fará, assim sendo é uma dominação apenas aparente, sem uma base sólida aonde se apoiar.
A verdadeira dominação surge da devoção afetiva do dominado por aquele que de alguma forma conquistou sua confiança. A obediência a uma pessoa se dá devido às suas qualidades pessoais e não a força que ela possui...O cuidado com que o Dominador rege seus domínios é comparável com um Senhor feudal que zela por suas propriedades afim de que elas dêem bons frutos....Ele não anula a personalidade daquele que se colocou a seus pés devotadamente, pelo contrário, Ele estimula o crescimento e desenvolvimento de seus dominados de forma que continuem sendo uma fonte de prazer e orgulho para Ele; Ele escuta suas queixas, seus medos e inseguranças auxiliando na superação desses; Para o verdadeiro Dominador cuidar de suas peças é tão prazeiroso quanto dominá-las pois elas refletirão sua capacidade de Dominar e conduzir...Ele sabe ser rígido e severo na hora certa exigindo o melhor de cada um que esta sob sua proteção e esses em contra-partida procuram dar o melhor de si para agradar Aquele que os protegem e possuem...
Dominadores seguram nas mãos de deus dominados, abraçam e beijam na boca também...Dominadores fazem amor e não apenas sexo, assim como dão colo em momentos de dor...e sabem que agindo assim, com educação e carinho para com seus dominados, estarão preservando e auxiliando aqueles que um dia entregaram seus sonhos, seus desejos, seus anseios nas mãos Dele...

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Mulheres elegem as 6 melhores fantasias sexuais

Publicado no Terra a seguinte noticia:
Durante muito tempo acreditou-se que as mulheres não tinham fantasias sexuais. Assim, como não teriam necessidades eróticas, a imaginação não tomaria esse tipo de rumo. Mas, quando se aceitou sua autonomia sexual, sua capacidade de fantasiar passou a ser estudada e comprovou-se que, ao longo do tempo, existem cada vez mais mulheres que se atrevem a dizer que elas também imaginam coisas tradicionalmente consideradas como vergonhosas. E mais, que elas sentem prazer com elas.
As diversas investigações realizadas nesse sentido têm comprovado que quanto maior a capacidade de fantasiar das mulheres, maiores serão suas sensações eróticas e melhores os seus orgasmos. Ter fantasias parece liberar as mulheres dos antigos corpetes repressores que afligiam a sexualidade feminina.
Durante as fantasias, a imaginação floresce e prepara as situações, mais ou menos reais que, no dia a dia, a pessoa não teria o atrevimento de fazer verdadeiramente. E esse componente fictício e irreal torna atrativo algo que na prática pode não ser para a pessoa.
A seguir as fantasias por ordem de preferencia:
1) Fazer algo inusitado: Isso inclui praticamente qualquer coisa e confirma o caráter lúdico que têm as fantasias eróticas. As mulheres têm esse tipo de fantasia em maior número de vezes que os homens. Cerca de 28% delas se excitam assim
2) Fazer sexo com um estranho:Uma em cada cinco mulheres fantasiam deste modo. Nessas ocasiões trata-se de alguém que faça parte dos arredores da mulher sonhadora. Mas, na maioria das vezes, trata-se de alguém que a mulher viu ocasionalmente na rua, no trabalho ou em qualquer outro ambiente cotidiano
3) Serem dominadas:Cerca de 19% da mulheres, especialmente as mais jovens, têm esse tipo de desejo. Cuidado com essa fantasia, porque alguns explicam a violência contra a mulher pelo mesmo motivo. Não existe certo e errado. Trata-se de fantasias, de se excitar mediante atitudes sadomasoquistas ao seu redor, porém, isso não implica desejo, nem direto nem indireto, de ser violada sexualmente ou de provocar violações
4) Fazer sexo com mais de um homem:Esse desejo ocupa a fantasia de 18% das mulheres. Faz parte dessa necessidade de imaginar situações que, provavelmente, não seriam capazes de realizar na vida real
5) Ter relações com alguém do mesmo sexo :Um número maior de mulheres heterossexuais do que de homens fantasiam com alguém do mesmo sexo: 11%. Isso acontece dessa forma porque as mulheres recebem culturalmente o mesmo gosto pela beleza feminina que os homens e são capazes de admirá-las sem preconceitos homófobos
6) Dominar seu parceiro:Finalmente, a fantasia que ocupa o último lugar entre as mulheres (3%). Aparece com menor frequência do que nos homens, principalmente porque este modo feminino geral de fantasiar supõe que elas se vejam como receptoras da atividade sexual exercida por outros. Nesse contexto, forçar terceiras pessoas a fazer algo está quase fora de cogitação, pois isso implicaria ser mais ativa do que receptiva
(texto copiado na integra em alterações)

A falta da mão firme - crises de rebeldia

Hoje em dia vemos aumentar a ditas doenças psicológicas e sociais que recebem nomes pomposos e vários estudos tais como a Síndrome do Pânico, a depressão e até a bipolaridade, mas ainda não vi nenhum estudo que verse sobre a Síndrome da escrava sem Dono...
Não, não é uma brincadeira, realmente me deparo com casos assim e o pior, identifiquei em mim mesma os sintomas da dita síndrome...
Vamos ver se consigo relatar o que identifiquei nessa síndrome que acomete tantas submissas abandonadas e sem os devidos cuidados necessários:
1) surtos de rebeldia
2) carência de umas palmadas
3) se auto-colocar de castigo
4) falar consigo mesma em tom de ordem e reprimenda
5) brincadeiras perigosas com fogo, cintas ou,em alguns casos, agulhas
PS:Podem haver variações nos sintomas relatados acima.
Quais as possíveis motivações para o desencadeamento dessa síndrome? Bem, creio que ninguém escolhe ser comandada e dirigida por outra pessoa se isso não for necessário para o equilíbrio básico de suas emoções, a falta do personagem dominante causaria uma reação de defesa um tanto peculiar com atitudes que em outros momentos teriam originado um castigo, como não existe a figura responsável pela aplicação do mesmo a submissa assume o papel de ambas as partes...

Claro que isso que relatei acima é somente meu ponto de vista, o ponto de vista de uma pessoa leiga e sem conhecimentos de psicologia mas achei bem interessante verificar que não sou a única que já passou por isso...

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

O outro lado da cerca

A algum tempo atrás li um estudo que foi feito sobre touros e vacas onde, resumidamente, era exposto o seguinte:
O Touro se sentia mais inclinado a cruzar com as vacas do outro lado da cerca do que com as que estavam em seu curral e fazia uma analogia ao comportamento humano comparando ao comportamento dos homens modernos.
Fazendo um paralelo com o relacionamento entre Mestres e escravas muitas vezes me deparei com tal comportamento em que o Mestre buscava uma nova escrava, mesmo que já possuindo uma ou duas em sua corrente, como se procurasse sempre um novo desafio, um novo sabor...Deixavam suas escravas mais antigas na reserva e se divertiam com a nova aquisição até que essa também se tornasse antiga para ele e então partiam para novas caçadas...
Um antropólogo amigo meu, em uma conversa, me relembrou um pouco da historia, remontando ao tempo das cavernas onde a sobrevivência da espécie era fundamental fazendo com que os machos procurassem cruzar com o maior número de fêmeas possíveis a fim de perpetuar seus gens...
Já deixamos essa era para trás mas o comportamento parece se perpetuar e, com raras excessões, notamos que os Mestres ainda procuram pelo novo, mesmo que o antigo seja melhor ou se esforce mais por agradar...
Sendo escravas só nos resta dois caminhos: continuar sendo a escrava perfeita, sempre pronta a servir ou, o que atualmente mais me agrada pensar, nos tornarmos rebeldes e aprender a pular a cerca também...
Mestres, se suas escravas fugirem em busca de novos pastos, reflitam se o causador disso não foi vossa inconstância e a constante busca por novas escravas...até mesmo a melhor das escravas um dia se sente cansada e abandonada e vai buscar em outros braços aquilo que ela já não mais possui...

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

A coleira e a submissão


É preciso realmente usar a coleira de um Mestre para se tornar uma verdadeira submissa ou o estado de submissão coexiste sem a coleira?
Como uso minha própria experiência como base de analise, não podendo falar pelas outras jovens, eu diria que a submissão é mais um estado de espírito, um estilo de vida do que uma coleira no pescoço.
Não devemos esperar pelo Mestre perfeito para sermos verdadeiras submissas, a submissão deve ser treinada e desenvolvida de dentro para fora, ou seja, eu preciso primeiro aprender a pensar como tal para então me realizar como tal. Ser submissa é se colocar em posição de obediência e servidão, aprender a pensar nas vontades de quem te rodeia, esquecer o egoísmo e se tornar mais altruísta, mas sem esquecer de cuidar de si mesma como pessoa.
Podemos fazer tudo isso no nosso dia-a-dia como por exemplo aprendendo a ponderar e escutar ao invés de retrucar, aprendendo a aceitar ao invés de questionar, aprendendo a nos olhar no espelho e cuidarmos de nós mesmas com carinho como se nos preparássemos para agradar ao Mestre, estudando e desenvolvendo nossas aptidões para sermos interessantes e uma companhia agradável e acima de tudo desenvolvendo a paciência.
Viver sem coleira não é o fim do mundo quando descobrimos isso pois a submissão passa a fazer parte de nossa personalidade, não vivemos tão completas como gostaríamos mas não existe o desespero de querer servir a um Mestre pois na verdade podemos servir a qualquer ser humano que nos rodeia. Encontrar o Mestre certo então passa a ser mais a finalização do processo do que o processo em si, é o coroamento final do nosso aprendizado onde podemos então por em pratica para Ele aquilo que desenvolvemos ao longo do caminho.
A coleira é apenas o símbolo de sua submissão a um determinado Dono e não o que te torna submissa.