quarta-feira, 18 de agosto de 2010

O outro lado da cerca

A algum tempo atrás li um estudo que foi feito sobre touros e vacas onde, resumidamente, era exposto o seguinte:
O Touro se sentia mais inclinado a cruzar com as vacas do outro lado da cerca do que com as que estavam em seu curral e fazia uma analogia ao comportamento humano comparando ao comportamento dos homens modernos.
Fazendo um paralelo com o relacionamento entre Mestres e escravas muitas vezes me deparei com tal comportamento em que o Mestre buscava uma nova escrava, mesmo que já possuindo uma ou duas em sua corrente, como se procurasse sempre um novo desafio, um novo sabor...Deixavam suas escravas mais antigas na reserva e se divertiam com a nova aquisição até que essa também se tornasse antiga para ele e então partiam para novas caçadas...
Um antropólogo amigo meu, em uma conversa, me relembrou um pouco da historia, remontando ao tempo das cavernas onde a sobrevivência da espécie era fundamental fazendo com que os machos procurassem cruzar com o maior número de fêmeas possíveis a fim de perpetuar seus gens...
Já deixamos essa era para trás mas o comportamento parece se perpetuar e, com raras excessões, notamos que os Mestres ainda procuram pelo novo, mesmo que o antigo seja melhor ou se esforce mais por agradar...
Sendo escravas só nos resta dois caminhos: continuar sendo a escrava perfeita, sempre pronta a servir ou, o que atualmente mais me agrada pensar, nos tornarmos rebeldes e aprender a pular a cerca também...
Mestres, se suas escravas fugirem em busca de novos pastos, reflitam se o causador disso não foi vossa inconstância e a constante busca por novas escravas...até mesmo a melhor das escravas um dia se sente cansada e abandonada e vai buscar em outros braços aquilo que ela já não mais possui...

Um comentário:

  1. Acabei de visitar o seu blog e adorei a forma como expos as puladas de cercas entre animais e humanos..rsrs.
    stacey

    ResponderExcluir